FRATURA DA TÍBIA
A tíbia e a fíbula (perônio) formam a estrutura óssea da perna, sendo a tíbia o maior e mais importante osso na perna. A tíbia é anatomicamente dividida em três segmentos: Proximal (perto do joelho), Diáfise (meio da perna) e Distal (perto do tornozelo).
A tíbia tem um formato triangular e mede de 20% a 25% do comprimento da pessoa. É osso longo mais fraturado do corpo. Todo ano, a cada 100.000 pessoas, cerca de 26 sofrem fratura de tíbia.
Quais os sintomas? Dor e edema (inchaço) e deformidade da perna, além de incapacidade de apoiar o peso do corpo. A presença de bolhas, a síndrome compartimental (aumento da pressão dentro da perna) e a exposição óssea (fratura exposta) também podem estar presentes e inspiram maiores cuidados.
Como é feito o diagnóstico? Além da história clínica e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e no planejamento da conduta terapêutica. A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. A tomografia é útil para uma melhor avaliação do padrão de fratura.
Como é feito o Tratamento Conservador (sem cirurgia)? O tratamento conservador geralmente é indicado em fraturas com pouco desvio, estáveis, fechadas, de baixa energia, isoladas, sem síndrome compartimental e sem lesão vascular. O tratamento conservador depende muito da cooperação do paciente e consiste basicamente no uso de imobilizações (na maioria das vezes feitas de gesso) e restrições de carga.
Como é feito o Tratamento Cirúrgico? Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico. A técnica a ser utilizada vai depender dos parâmetros de gravidades. Dependendo do tipo de fratura, pode ser necessária mais de uma cirurgia. Por exemplo, nas fraturas expostas e nas fechadas de alta energia, o fixador externo é uma conduta bastante útil no tratamento inicial. Nas situações de síndrome compartimental, é mandatória a realização de uma fasciotomia (procedimento para aliviar a pressão dentro da perna). Nos casos de lesão vascular, o reparo da artéria deve ser realizado. Dentre as principais técnicas empregadas, estão a utilização de placas, fixadores externos e hastes.
Quais as possíveis complicações? Infecção, síndrome compartimental, Pseudoartrose (“osso não cola”), deformidade residual, necrose, Artrose (também conhecido como Osteoartrite), lesão neurovascular, Trombose, embolia, dentre outras.
Após a cirurgia, em quanto tempo retorno às minhas atividades? O retorno vai depender muito da gravidade da fratura, das lesões associadas e de qual técnica de tratamento foi utilizada. Por exemplo, quando é optado pelo tratamento conservador (com o uso de gesso, por exemplo), o paciente em média começa a pisar com carga parcial em torno de 6 a 8 semanas e pisando com carga total em torno de 12 semanas, sendo o gesso retirado após a consolidação (quando o osso “cola”). Já quando é optado pelo uso de haste, como foi feito no lutador de MMA Anderson Silva por exemplo, o paciente geralmente já é orientado a pisar no chão no primeiro dia após a cirurgia.
É sempre importante se consultar com um ortopedista.
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