FRATURA DA PATELA
(RÓTULA)
A patela, também conhecida como rótula, é um osso localizado na frente do joelho. A patela tem um formato de triângulo invertido e bordas arredondadas. O tendão do quadríceps se insere no polo superior da patela e o ligamento patelar se origina do polo inferior. Essas três estruturas compõem o mecanismo extensor, principal responsável pelo movimento de extensão dos joelhos.
A fratura de patela representa 1% de todas as lesões do esqueleto, mais comuns em jovens em torno de 20 a 50 anos e cerca de duas vezes mais frequente nos homens de que nas mulheres.
Qual a função da Patela? Além de proteger a região anterior do joelho, a patela facilita a extensão (movimento de “esticar”) do joelho. A patela aumenta o braço de alavanca do quadríceps, resultando em maior força para o movimento de extensão em cerca de 60%. A perda da patela resulta em perda de força para a realização do movimento.
Quais os sintomas? Dor e edema (inchaço) do joelho, além de incapacidade de apoiar o peso do corpo de esticar o joelho. A hemartrose (derrame articular) é um sinal bastante frequente. Ao palpar o joelho, muitas vezes, é possível sentir os fragmentos separados da fratura. Já a exposição óssea (fratura exposta) também pode estar presentes e inspira maiores cuidados.
Como é feito o diagnóstico? Além da história clínica e do exame físico, a utilização de alguns exames de imagens auxilia no diagnóstico e planejamento da conduta terapêutica. A radiografia (RX) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade. A tomografia é muito útil para uma melhor avaliação do padrão de fratura.
Como é feito o Tratamento Conservador (sem cirurgia)? O tratamento conservador geralmente é indicado em fraturas com pouco desvio (<2mm), fratura fechada, com mecanismo extensor íntegro e sem outras lesões associadas. Consiste basicamente no uso de imobilização por 4 a 6 semanas e carga conforme tolerado. Depois que o paciente voltar a caminhar, será necessário obter novas radiografias para verificar se a redução foi mantida. Se deslocar, cirurgia é indicada.
Como é feito o Tratamento Cirúrgico? A técnica a ser utilizada vai depender dos parâmetros de gravidades que já discutimos. Dependendo do tipo de fratura, pode ser necessária mais de uma cirurgia. Dentre as principais técnicas empregadas, está a utilização de placas, parafusos e fios. Em alguns casos, até mesmo uma patelectomia (retirada de uma parte ou de toda a patela) pode ser necessária.
Quais as possíveis complicações? Rigidez do joelho (joelho duro), infecção, síndrome compartimental, Pseudartrose (“osso não cola”), deformidade residual, necrose, Artrose (também conhecido como Osteoartrite), lesão neurovascular, Trombose, embolia, dentre outras.
Após a cirurgia, em quanto tempo retorno às minhas atividades? Logo após a cirurgia, o paciente já inicia a reabilitação fisioterápica. O plano de reabilitação é individualizado de paciente para paciente, pois depende da gravidade da fratura e das lesões associadas. Em média, o paciente, após a cirurgia, fica imobilizado por 3 a 6 dias e depois inicia mobilização. Geralmente, a carga total é liberada em torno de 6 semanas, contudo o retorno às atividades é muito variável, podendo ocorrer em 3 meses ou podendo demorar mais de 1 ano, nos casos graves.
É sempre importante consultar com um ortopedista!
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